Idade : 31 Mensagens : 181 Data de inscrição : 17/11/2013
Assunto: Praça de São Marcos Seg Nov 18, 2013 2:19 am
Praça de São Marcos
A Praça de São Marcos é a única praça de Veneza, e o seu principal destino turístico, com permanente abundância de fotógrafos, turistas e pombos. Atribui-se a Napoleão Bonaparte, embora muito provavelmente o deva fazer-se a Alfred de Musset, a autoria do epíteto de le plus élégant salon d'Europe. Também é um dos únicos grandes espaços urbanos numa cidade europeia onde as vozes das pessoas se impõem sobre os sons do tráfego motorizado, o qual está restrito aos canais da cidade.
Idade : 35 Localização : Error 404 not found Mensagens : 33 Data de inscrição : 26/01/2014
Perfil Escolar Ano Escolar: Concluído Galeões: $ 8.700 Saúde: Saudável
Assunto: Re: Praça de São Marcos Dom Mar 09, 2014 2:55 pm
I'll be in my castle golden
Estava em um glorioso dia de folga, e por que não fazer uso da aparatação para viajar por aí? Problema nenhum havia nisso. Num beco vazio e sem saída de Londres, procurando privacidade, aparatei, para nenhum lugar menos que Veneza, minha cidade natal. Especialmente, queria fazer uma visita à Praça de São Marcos, lugar este que, junto com a Ponte dos Suspiros, eram os meus preferidos quando criança. Ainda eram meus preferidos, e fazia um tempo que não os visitava. Se Aaron ou Milena estivessem comigo, eu os levaria para conhecer não só a Praça e a Ponte, mas a cidade inteira. — Queria tanto que estivessem aqui comigo! A lembrança de meus filhos estarem a quilômetros de distância de mim só me deixou mais angustiado. Calmamente, segui até a famosa Praça de São Marcos. Me lembrei de um filme trouxa que havia visto uma vez, cujo nome era Lua Nova, segundo não me engano, em que moravam vampiros nesta praça. Os vampiros daquele filme eram diferentes do que você costuma ouvir falar por aí. Antes de caminhar pela longa extensão da praça, segui até um café nas proximidades. Tinha uma bebida trouxa que eu adorava, cujo nome era Capuccino. Me apoiei no balcão, e um atendente veio. — Um capuccino, por favor. Me retirei do balcão, indo me sentar à uma mesa do local. Enquanto esperava, abri a carteira, e retirei algumas poucas cédulas trouxas. Sonserino? Eu até podia ser, mas eu não desprezava os trouxas. O atendente se dirigiu até minha mesa, e colocou o copo plástico com canudo, no qual estava a bebida que eu pedira. — Tome. Estendi a mão direita, onde estava o dinheiro. Ele foi em direção ao caixa, suponho eu para pegar o troco. — Pode ficar com o troco. Fica de gorjeta pra você. Ergui-me da cadeira, e com o copo seguro na mão direita, saí do café.
Já na praça foi que decidi tomar um pouco da bebida quente que trazia comigo. Estava maravilhosa. O clima, nem tão frio nem tão quente, me satisfazia. Não era muito de calor, preferia o inverno. Se estivesse nevando ainda sim eu estaria satisfeito. Não estava tão cheio de gente, o que também era excelente. Significava que tínhamos mais liberdade e espaço para andar. Estava como eu me lembrava dela: cheia de pombos e fotógrafos. Era um lugar conhecido na cidade, e atraía muitos turistas durante o ano. Talvez tivesse outras oportunidades de ir até lá. Ou não. — Ora veja! Xô, xô! Um pombo se aproximara e tentava bicar meus sapatos. Ah, qual é? Eles eram importados! — Saia já daí! Bradei com o pombo. Alguns curiosos se viraram para olhar, fazendo com que eu me irritasse mais. Enfim, o pombo me largara de mão. Ele conseguira acabar com minha felicidade em um simples ato! Mas que droga! — Ok, acho melhor sair daqui. Já estou chamando atenção demais. Disse à mim mesmo. Me retirei da praça, e numa rua pouco movimentada, aparatei de volta à Londres.